As riscas da zebra, que à primeira vista se replicam como um padrão geométrico, são, na verdade, uma armadilha visual. Longe de serem uma simples repetição, cada conjunto de riscas é um sistema de identificação único, tão individual quanto uma impressão digital. O que a nossa mente ingénua classifica como ordem é, para a natureza, uma assinatura singular.
Ao prolongar as riscas do corpo da zebra para linhas verticais, a ilustração confronta-nos com a necessidade humana de impor uma ordem artificial a algo que é inerentemente único.
A arte imita a natureza não para replicar, mas para nos lembrar de que a verdadeira essência não opera em série. Ela reside na individualidade que se recusa a ser enquadrada, provando que a natureza autêntica é sempre uma peça exclusiva, nunca um padrão.