O lenço riscado, símbolo da mulher de labuta e da força rural portuguesa, é um elo visível com um passado de ofícios e tradições. Na cabeça, era um resguardo, um adorno, um marcador de identidade comunitária, enraizado na paisagem do nosso país.
Hoje, nas ruas da cidade, o seu uso transcende a utilidade. O lenço transforma-se num ato de modernidade, um acessório de moda que carrega consigo as histórias das mulheres que o usaram antes.
Nesta ilustração, o lenço coexiste com a paisagem urbana de um elétrico amarelo, fundindo o que é nosso, antigo e o que é agora. A tradição vive, não por ser estática, mas por saber adaptar-se, reinventar-se e encontrar o seu lugar no presente.